A palavra tarô na língua portuguesa (ou em outras línguas: tarot, tarock, tarok, tarocco, tarocchi etc) não possui uma tradução específica, ninguém sabe ao certo sua real etimologia; contudo, podemos entender que a função de seus jogos e estudos seja revelar "um novo caminho ou postura perante os objetivos". Ele é considerado um alfabeto simbólico composto por imagens arquétipicas as quais estão baseadas na vida humana em seu complexo sentido de começo-meio-fim. O tarô também pode ser considerado como um diagrama da vida, uma mensagem do inconsciente ou até a ponte entre o plano terrestre e o espiritual. Assim, neste contexto, o tarô serve tanto para uma orientação psicológica ou terapêutica quanto para a adivinhação ou predição do futuro; também, para muitos, é considerado o melhor veículo para o autoconhecimento.
O Mago
O Mago, o primeiro arcano maior do tarô, é uma carta que representa um adolescente, que tem um longo caminho a percorrer. Normalmente, tem sobre a sua cabeça o símbolo do infinito, dadas as inúmeras possibilidades e oportunidades que tem à sua frente. Esta carta tem o número I e a letra hebraica ALEPH. O Mago dá início à caminhada espiritual.Indica sempre que algo novo está a começar. O Mago tem uma mesa à sua frente, onde se podem ver quatro objectos simbólicos: uma taça, um punhal, um pergaminho e uma moeda, que pode ter a imagem do pentagrama. Parece que precisa de ajuda superior para tomar uma decisão e por isso ergue um pequeno bastão para o alto, captando energia e dirigindo-a para baixo. É como se ele fosse o elo entre as energias divinas e o mundo material, mas precisa de ajuda porque ainda é um aprendiz. O punhal é o simbolo da luta, da energia sexual, do poder e da vitória. A moeda é o simbolo do mundo material, dos bens e do dinheiro. O pergaminho é a inteligência, o estudo, a espiritualidade. A taça, por sua vez, simboliza as emoções, o amor, o coração, a sensibilidade. O bastão é o simbolo da mestria e da sabedoria. Na caminhada espiritual, o Mago representa o ponto de partida da caminhada e a necessidade de fazer uma canalização de vibrações superiores para poder realizar a evolução. A carta do mago é representante do poder da mente em direcionar um projeto com maestria, concentrando seus esforços e sua inteligência para um determinado fim. O mago representa a concentração sem esforço, pois trabalha e cria com naturalidade e espontaneidade.
A SACERDOTISA
A Sacerdotisa, também chamada de Papisa nos tarôs clássicos, é o segundo arcano maior do tarô. É, geralmente, representada pela imagem de uma mulher da casa dos 40 anos, vestida com trajes papais ou cerimoniais. Simboliza uma figura materna, grande detentora de conhecimento, mas que precisa protegê-lo de influências. Esta carta tem o número II e a letra hebraica BETH, que está ligada à Papisa.
Simbolismo
Aumento, passividade, reserva, nutrição, , gravidez desejada, intuição.
A papisa ou sacerdotisa, nos tarôs modernos simboliza o crescimento, a gestação, a nutrição da alma e do corpo. Nos clássicos fala daquilo que é escondido e maqueado, de assuntos secretos que não podem vir à tona para que a situação permanesça a mesma, ou que precisem vir à tona para que a situação possa evoluir.
No Tarô Rider-Waite, Na mão direita segura o símbolo da sabedoria, um pergaminho. Na mão esquerda, a Sacerdotisa tem espigas de trigo, símbolo do alimento que distribui generosamente. A lua sobre a sua cabeça remete para a intuição, um dom que lhe pertence. Tem um gato a seus pés, antigo símbolo da magia. Ela lembra uma mãe, mas também o poder fertilizante da mulher. Tudo o que ela planta, dá frutos.
Nos tarôs clássicos, anteriores, a figura aprece sempre como uma Papisa. Intimamente ligada aos populares dizeres medievais sobre a existência da Papisa Joana - o Antipapa João VIII, que foi papa de Roma por 2 anos entre 852 e 855, sendo deposto após ser descoberto se tratar de uma mulher disfarçada.
Sendo assim, em suas primeiras versões, como se vê em apresentações dos primeiros tarôs encontrados, como o Visconti-Sforza, aparece como uma mulher de aparência atormentada e grávida.
Em alguns tarôs clássicos como o Marseille Convos, Marseille Marteau e Marseille Grimaud, a mulher aparece olhando para fora da carta, com aparência de quem é surpreendida por algo desagradável em sua face.
Sendo assim, nos tarôs clássicos, a carta fala não só de astúcia e inteligência, mas também de embuste, tanto em um aspécto positivo (de adaptação) como em um aspecto negativo (de sublimação) - principalmente quandoa companhada de cartas como o 7 de copas ou A Lua.
A Imperatriz
A Imperatriz é o terceiro arcano maior do tarô. Representa uma mulher na casa dos 30 anos, muito bonita, elegante e sedutora. Em alguns baralhos, a Imperatriz aparece grávida. Esta carta tem o número III e a letra hebraica GIMEL.
Simbolismo
prosperidade, comunicação, preservação, aparência, desconfiança.
A imperatriz mostra-nos o poder da beleza e da riqueza. É um arcano de realização, tanto que tem na sua mão o ceptro do poder, mas também tem um escudo para se proteger, pois na posição em que se encontra, não pode confiar em muitos. É uma imperatriz que cuida da sua aparência e guarda as suas posses. Em alguns baralhos, aparece grávida, o que significa que há uma preparação, há um processo que ainda não está concluído. O seu reino é a razão e a comunicação, completa a Sacerdotisa. Não aceita seguir só a intuição e a emoção, que já possui, uma vez que tem a lua a seus pés. Há nela um pouco de arrogância ou orgulho pelas conquistas já feitas. Pode ter uma serpente e um baú de jóias de cada lado, simbolizando, respectivamente, a sabedoria e a riqueza.
Na caminhada espiritual, este arcano indica o ponto da caminhado em que os assuntos materiais se podem sobrepor aos anseios da alma, levando o peregrino a tratar de assuntos práticos antes de poder continuar o seu caminho.
O Imperador
O Imperador é o quarto Arcano Maior do baralho do Tarot. Representa um homem com mais ou menos 45 anos, um guerreiro forte e governante absouto. É duro, inflexível e rico. A carta tem o número IV e a letra hebraica DALETH.
Simbologia
O imperador gosta de planejar, colocar em prática seus mais audaciosas planos, depois os controla e comanda pessoas para as suas conquistas materiais. Com o imperador, temos a certeza de possuir condições para concretizarmos tudo o que queremos, pois temos as condições materiais, estruturais e financeira para a concretização. Além do mais, este período será de segurança e estabilidade com isso nos proporcionando uma satisfação interior muito grande. O imperador tem que tomar cuidado para não ser presa do arcano maior quinze o diabo, isto é, querer conquistar, conquistar sem ter limites. Ora, se isto acontecer cedo ou tarde ele pegará a torre e terá que reconstruir novamente. Esta carta pode significar tambem um homem de posiçao,no jogo de uma mulher,se a pergunta se relacionar com o lado sentimental,o Imperador pode significar um homem que tem ou terá importancia na sua vida.Mal acompanhada (cartas de conotação má)pode significar assédio de um homem casado,ciumes excessivos,ditadura,uma figura paternal ou um marido demasiado inflexivel e nao muito simpático.
O Papa
O Papa ou O Hierofante é o quinto arcano maior do baralho do tarot. É um homem com mais ou menos 60 anos, um sacerdote da alta hierarquia, um dirigente espiritual. Esta carta tem o número V e a letra hebraica HE.
O Hierofante representa o domínio sobre a religião, a filosofia e a espiritualidade. O Hierofante sempre representa pessoas que são mais religiosas do que materialistas. Quando este arcano aparece, ele confirma que tudo será resolvido de maneira amigável, buscando encontrar sempre o acordo para uma situação. Em caso de separação o Papa reconcilia,se ainda nao for casado o Papa oficializa uma união.Esta carta trás paz,moderaçao,actos reflectidos e bem organizados,aconselha a pensar e não ser demasiado materialista.Trás consigo o poder da fé e da meditação,e a sua mensagem é "Ajuda-te a ti próprio e o Céu ajudar-te-á".
Os Enamorados
A carta dos Enamorados ou Namorados ou Amantes, é o sexto Arcano Maior do tarot e é uma carta dupla: pode representar um homem dividido entre duas mulheres mas também pode representar simplesmente um casal. A carta remete para uma escolha, também pode simbolizar "o pecado". Tem o número VI e a letra hebraica VAU.
Simbolismo
Resumidamente, a carta significa amor, atração, dúvida, indecisão, relacionamento afetivo, dualidade, duplicidade, união de opostos, caminhos a escolher.
O Carro
O Carro é o sétimo arcano maior do baralho do tarot. Tem como figura central uma carruagem puxada por dois cavalos: um branco e um negro. A carruagem é dirigida por um rei, ou imperador. Esta carta tem o número VII e a letra hebraica Zain.
Simbolismo
Resumidamente, a carta simboliza o progresso, a vitória, direcção, controlo, esforço, confiança, a caminho.
Com o carro há progresso, há projectos em andamento. Simboliza a acção, que se toma a seguir a uma decisão. Aquilo que foi resolvido está a ser executado, é a realização de projectos. O simbolismo dos cavalos é evidente: o cavalo branco significa "o Bem", o cavalo negro significa "o Mal". Isto quer dizer que a pessoa que está a dirigir a carruagem deve ter força e liderança suficientes para evitar que um anule o outro. Deve ter controlo firme para manter o equilíbrio.
Na caminhada espiritual, este Arcano representa o momento em que o viajante passou pela encruzilhada, tomou um rumo firme e está determinado a cumprir mais etapas evolutivas.
A Justiça
A Justiça, oitava Arcano Maior do Baralho do tarot, é uma carta que representa uma mulher relativamente jovem, sentada numa cadeira imponente. Olha para o horizonte, sem qualquer expressão. Não há sensualidade, nem agressividade. Parece calma, equilibrado, limpa, ordenada. A carta tem o número VIII e a letra hebraica CHET ou HET.
Simbolismo
Equilíbrio, colheita, processos judiciais, documentos, leis, ajustes, limites.
Este arcano traz o equilíbrio, a isenção, a análise do passado. É um arcano passivo que cumpre um papel, representa uma instituição. Também simboliza a colheta - "Cada um colhe aquilo que plantou". Na balança que a figura da Justiça segura numa das mãos, existe uma moeda e uma taça, que se equilibram mutuamente. Ora, a moeda simboliza o plano material e a taça simboliza o plano emocional, ou seja, os dois devem estar equilibrados. Na outra mão, a Justiça segura uma espada, símbolo da punição que pode distribuir a quem a merece.
Na caminhada espiritual, este Arcano representa um momento de equilíbrio, no qual se recebem as recompensas materiais e emocionais pelo caminho já percorrido
O Eremita
O Eremita ou Ermitão, é o nono Arcano maior do tarot. É uma carta que simboliza o isolamento, restrição, afastamento. O eremita isola-se para descobrir o conhecimento que o rodeia, na natureza, por exemplo, e também para se autoconhecer. O aspecto fundamental é que necessita de cortar os laços (temporariamente ou não) com a sociedade que o rodeia. A carta tem o número IX e a letra hebraica TET.
Simbolismo
Um homem barbado, recurvado, de idade avançada, segura em sua mão direita uma lanterna parcialmente coberta por uma capa, onde representa o conhecimento da ciência oculta. Ele se apoia no bordão (bastão) da prudência, que o acompanha em sua busca.
O Ermitão mantém a lanterna bem perto dos olhos para se orientar melhor, mostrando a luz da inteligência e da sabedoria, (esta lamparina também significa a luz da verdade). Significa também que a luz atinge o passado, o presente e o futuro. O tom escuro de seu manto simboliza a austeridade.
A Roda da Fortuna
A Roda da Fortuna é o décimo Arcano Maior do tarot. Representa uma roda com nove raios. No alto da roda está uma figura que parece metade anjo, metade diabo. À volta da roda, está um bebé, um menino, um jovem um homem e um idoso. A roda quer representar o ciclo da vida e está suspensa num ambiente com os quatro elementos: Fogo, Água, Terra e Ar. A carta tem o número X e a letra hebraica YOD. Todos nós sabemos que a roda da fortuna representa as situações de mudanças em nossa vida. Essas mudanças nos fazem sair de uma rotina que faz com que a vida tenha pouco gosto e variedades. Ora, a roda da fortuna vem trazer as novidades, as surpresas e assim trazendo um novo gosto para nossa vida. A roda da fortuna representa a garantia de cumprimento de um destino, representado pela lei de causa e efeito e também pela lei da compensação. Tudo leva a crer que de um jeito ou de outro o destino de uma pessoa será cumprido. Agora, chamamos a roda da "fortuna" por quê? Porque este arcano maior traz sim o crescimento material e financeiro, traz oportunidades para subir na vida e não raro a prosperidade de um modo geral para o consulente. Em ser assim, este período regido pela roda da fortuna será cheio de realizações.
A Força
A Força é o décimo primeiro Arcano Maior do baralho do TAROT. Esta carta tem em primeiro plano uma mulher e um leão. Ela é jovem, tem os cabelos soltos e parece uma Maga de Luz. Domina o leão. A carta tem o número XI e a letra hebraica KAPH.
Simbolismo
Força, domínio, manutenção, empreendimento, sexo, prisão, drogas.
Em alguns baralhos, esta carta tem uma Maga da Luz dominando um Leão e uma Maga das Trevas dominando um Dragão. Este simbolismo representa o uso do Bem e do Mal para se obter aquilo que se quer. O Arcano mostra o domínio no campo material e espiritual, com um controlo quase absoluto. Pode indicar que uma força superior está a dominar alguém. As duas magas representam a espiritualidade nos seus dois níveis, o leão representa a força bruta e o dragão a sexualidade.
O Enforcado Le Pendu, O Enforcado do TAROT
O Enforcado (também conhecido como O Dependurado em baralhos mais modernos) é o décimo segundo Arcano Maior do tarot de Marselha.
Simbologia
Na gravura da carta, ve-se um homem pendurado pela perna esquerda, sob uma forca. Sua expressão é triste e distante, porém seus braços estão cruzados atrás do corpo, em sinal de quem não quer lutar contra sua condição.
O Enforcado, quando aparece em uma consulta, significa culpas e arrependimentos, castigo justo e passivismo. O Enforcado carrega consigo a culpa e está feliz por se martirizar por si e pelos outros.
A Morte
Um esqueleto armado de uma foice, limpa o terreno ao seu redor, no qual aparecem as cabeças (o sol e a lua) e mãos de vítimas. Em geral, esta é a carta do tarô que provoca mais temor, no entanto, sua simbologia não é necessariamente negativa e em muitos casos, pode trazer mensagens bastante positivas.
Esta representação da morte tem origem na idade média, época em que a morte era tida como figura niveladora, pois ela se apresenta da mesma maneira a todas as pessoas, ceifando a vida de reis, rainhas, bispos, senhores, camponeses e servos sem fazer distinções.
Assim, a morte se tornou o símbolo que evidenciava a inutilidade de toda a riqueza, poder ou vaidade. Por isso, esta carta simboliza a transformação que destrói as coisas para que possam ser reconstruídas depois. É uma transformação inevitável ou mesmo um rejuvenescimento.
Como o nome não está no pé da carta e sim em cima, esse arcano não representa a morte, mas sim a superação e a transformação para algo novo. Como é predominantemente bege, aponta para mudanças no campo material.
E como as folhas caídas no chão do desenho, nós também temos que derrubar algo de nossas vidas para dar espaço ao novo, assim como fazem as árvores no outono.
A morte é o símbolo de toda transformação imediata e radical e não significa a morte física, no plano mental, anuncia o caráter renovador que transforma tudo por meio do renascimento, ela indica ao consulente que será obrigado a reorganizar seu modo de pensar, pois novos fatores ou novas circunstâncias intervirão em sua vida; no campo afetivo, ela indica a destruição de um amor ou uma afeição, o fim definitivo de uma ilusão, ou a radical ruptura de uma relação amorosa; no plano físico, pode anunciar mudança de casa, de cidade, de país, ou mesmo de estado civil.
A temperança
Em "Pequeno Tratado das Grandes Virtudes" De André Comte-Sponville Ed. Martins Fontes, São Paulo, 1999 Tradução de Eduardo Brandão
Não se trata de não desfrutar, nem de desfrutar o menos possível. Isso não seria virtude mas tristeza, não temperança mas ascetismo, não moderação mas impotência. Contra isso nunca será demais citar o belo escólio de Spinoza, o mais epicuriano que ele escreveu talvez, em que está tão bem dito o essencial: “Certamente apenas uma feroz e triste superstição proíbe ter prazeres. Com efeito, o que é mais conveniente para aplacar a fome e a sede do que banir a melancolia? Esta a minha regra, esta a minha convicção. Nenhuma divindade, ninguém, a não ser um invejoso, pode ter prazer com a minha impotência e a minha dor, ninguém toma por virtude nossas lágrimas, nossos soluços, nosso temor e outros sinais de impotência interior. Ao contrário, quanto maior a alegria que nos afeta, quanto maior a perfeição à qual chegamos, mais é necessário participarmos da natureza divina. Portanto, é próprio de um homem sábio usar as coisas e ter nisso o maior prazer possível (sem chegar ao fastio, o que não é mais ter prazer).” A temperança se situa quase toda nesse parêntese. É o contrário do fastio, ou o que leva a ele; não se trata de desfrutar menos, mas de desfrutar melhor. A temperança, que é a moderação nos desejos sensuais, é também a garantia de um desfrutar mais puro ou mais pleno. É um gosto esclarecido, dominado, cultivado. Spinoza, no mesmo escólio, continuava assim: “É próprio de um homem sábio, digo eu, mandar servir em sua refeição e para a reparação de suas forças alimentos e bebidas agradáveis ingeridos em quantidade moderada, como também perfumes, o adorno das plantas verdejantes, os adereços, a música, os jogos que exercitam o corpo, os espetáculos e outras coisas da mesma sorte, de que cada um pode fazer uso sem prejuízo para outrem.” A temperança é essa moderação pela qual permanecemos senhores de nossos prazeres, em vez de seus escravos. É o desfrutar livre, e que, por isso, desfruta melhor ainda, pois desfruta também sua própria liberdade. Que prazer é fumar, quando podemos prescindir de fumar! Beber, quando não somos prisioneiros do álcool! Fazer amor, quando não somos prisioneiros do desejo! Prazeres mais puros, porque mais livres. Mais alegres, porque mais bem controlados. Mais serenos, porque menos dependentes. É fácil? Claro que não. É possível? Nem sempre, sei do que estou falando, nem para qualquer um. É nisso que a temperança é uma virtude, isto é, uma excelência: ela é aquela cumeada, dizia Aristóteles, entre os dois abismos opostos da intemperança e da insensibilidade, entre a tristeza do desregrado e a do incapaz de gozar, entre o fastio do glutão e o do anoréxico. Que infelicidade suportar seu corpo! Que felicidade desfrutá-lo e exercê-lo!
Simbologia
Um anjo passa água de um vaso ao outro. Ambos significam a moderação e a sobriedade, e o líquido, a essência da vida. No zodíaco, representa o signo de aquário.
Significado da Carta
Sua significação é uma das mais simples, indica a importância da moderação e da harmonia
DIABO
Diabo (do latim diabolu, "demônio") é o nome mais comum atribuído à entidade sobrenatural maligna da tradição judaico-cristã, o Satanás,. É a representação do mal, não necessariamente com uma forma, mas muitas vezes associada à cor vermelha, com feição humana, mas com chifres, rabo pontiagudo e um tridente na mão, para remeter a um cetro. É importante ressaltar que esta imagem foi criada, sobretudo, pela Igreja Católica. Como ela sempre perdeu seus fiéis para o paganismo, apropriou-se de um elemento de cada deus pagão e reuniu-os, para que toda vez que um de seus fiéis olhasse para uma divindade sentisse medo, associando-a a Satanás. Assim a perda de fiéis diminuiu notavelmente[?]. Muitas vezes, também, a imagem corresponde a de um ser metade humano metade bode, com o carece de fontespentagrama invertido inscritos no corpo (imagem de Baphomet), embora não tenha ligação com Baphomet, que foi a imagem iniciada pela Igreja Católica
Simbologia
Um diabo eleva uma mão aberta e na outra segura uma espada, ele se encontra sobre uma espécie de altar. Ao nível do piso se encontram dois demônios menores, um feminino e outro masculino amarrados ou presos pelo pescoço ao altar. Aparentemente, têm suas mãos atadas atrás. No Tarot de Rider, a mulher-demônio tem no final do rabo, uvas e o homem-demônio o rabo está em chamas. Ao contrário de Marselha, aqui, o diabo tem um archote aceso na mão, em vez de uma espada, e aparentemente está acendendo o rabo do homem-demônio[1].
O Diabo se associa com o vírus, com o eu imaginário, com o ponto. O anjo malígno «metade homem, metade besta» representa o lado obscuro de nós mesmos, a inconsciência, o egocentrismo e a falsa autonomia.
A astúcia principal usada, com base em sua condição imensurável, é convencer-nos de que não existe. A infecção do corpo, a manipulação das mentes e posse da sua alma são as mais freqüentes armas na luta contra o bem. A sua missão é a de ampliar ao máximo o princípio da corrupção, mesmo à beira da auto-destruição. (Con ello) intenta captar a dimensão que lhe falta.
[editar] Mensagem
O Diabo manifesta o destino (bom ou mau). Poder de sedução, impulso cego, tentação, obsessão. Desvio sexual. Um estado mental (confesional). As paixões carnais descontroladas. Posição invertida: Carta daninha, fatalidade, mau uso da força. Fraqueza, cegueira, desordem. Efeitos maléficos. A patética condição humana que prefere a ilusão à verdade
A Torre
A Torre é um dos arcanos maiores do tarot de marselhe
Quando aparece numa consulta, ela significa que as coisas que não se encaixam serão separadas definitivamente por Deus (ou pelo Destino) na vida do consulente. A mudança através da força da natureza é uma oportunidade de um novo começo material sem rompimento propriamente com o espiritual, o consulente com isso tem forças para se erguer, pois o que não o destrói o fortalece.
Simbologia
A Torre (XVI) (nome moderno, mais comum) é um dos Arcanos Maiores do Tarot de Marselha. Também conhecido com A Casa de Deus, tem vários nomes, símbolos e significados. O nome e o layout na sua forma actual, é uma referência à história bíblica da Torre de Babel, em que Deus destrói uma torre construída pelo homem para chegar a Deus[1].
Mensagem
Quando aparece numa consulta, ela significa que as coisas que não se encaixam serão separadas definitivamente por Deus (ou pelo Destino) na vida do consulente. A mudança através da força da natureza é uma oportunidade de um novo começo material sem rompimento propriamente com o espiritual, o consulente com isso tem forças para se erguer, pois o que não o destrói o fortalece
A Estrela
A Estrela é um conto de ficção científica de Arthur Charles Clarke datado de 1956, que se desenrola depois de uma expedição em visita de uma estrela transformada em milhares de anos antes.supernova
Após observarem o astro percebem um girando a sua volta numa planetaórbita muito distante o que o teria preservado do pior da explosão, e notam os restos de algumas construções artificiais em sua superfície. Ao analisarem de perto estes restos, os pesquisadores concluem que são os últimos vestígios de uma antiga civilização que existia antes da estrela explodir e que, incapazes de escapar do destino fatal, deixaram no último o máximo de informações possíveis a respeito de sua planetacultura.
Um padre que vai na expedição, se impressiona com a humanidade dos indivíduos daquela civilização e presume que estes seriam seres pacíficos que tiveram um cruel destino, sua compaixão porém se transforma em desespero quando, após vários cálculos, descobre que a estrela em questão era a estrela de Belém, fazendo com que o anunciamento do messias no qual ele acreditava e devotou a vida fosse um ato de genocídio de toda uma espécie inteligente. O conto foi considerado o melhor de 1956.
Simbologia
Está associada com o cromossomo Y e com a dimensão movimento. O protagonista desta carta é uma (sencilla) donzela totalmente desnuda, símbolo da revelação da essência fundamental do ser[1].
Possui em suas mãos dois jarros, representando a hereditariedade do pai ou da mãe. Está ajoelhada nas margens de um rio, símbolo do movimento, enquanto joga o conteúdo de uma das jarras na correnteza e o conteúdo da outra na terra, representando como o genótipo do antecessor se integra ao novo ser, quase cai no rio, enquanto a outra parte, que cai na areia, se perde sem ser fértil. As sete estrelas que dominam o naipe representam os planetas, que influenciam este processo, e tal como prediz a forma piramidal quando indica que os riscos do fenótipo do recém-nascido estão incluídos pelas conotações astrais do horóscopo natal.
Mensagem
A Estrela significa esperança, ajuda inesperada, perspicácia e claridade de visão, inspiração, flexibilidade. Um grande amor será dado e recebido. Boa saúde. Carta totalmente espiritual. Posição invertida: arrogância, pessimismo, (testarudez). Enfermidade, erros de julgamento. Impotência psíquica, reestruturação, privação e abandono
A Lua
A lua domina o céu, cheia no exterior e crescente no seu íntimo, numa dualidade de imagem que realça o poder da carta. Em seu brilho, alternam-se o ouro e a prata, numa referência ao interminável conflito entre boas e más ações.
Seu olhar se volta vigilante para um templo, dele apenas se vê a entrada, onde duas torres marcam a linha do horizonte, elas simbolizam a falsa segurança que pode iludir os que não se preparam para enfrentar perigos ocultos.
Dois animais estão alertas, um deles é um cão, símbolo dos instintos servis que se escondem atrás de falsas adulações, o outro é um lobo, o espírito hostil que prepara emboscadas.
Uma lagoa azul de águas paradas, aparece como símbolo da estagnação e da passividade onde, dentro existe um crustáceo ameaçador. A lua é uma alegoria da condição humana sobre a terra.
Quando esta carta aparece numa consulta, deve servir como um sinal de alerta, pois revela ao consulente forças ocultas lançadas contra ele e que os responsáveis por elas não se comoverão quando o virem derrotado.
A confusão de idéias, a inquietação da alma e a necessidade de pensar antes de agir, são algumas de suas manifestações fortes. Pode ser também o resgate da personagem favorita dentre os inúmeros papéis que representamos na vida. Elemento: água. Planeta: Netuno e lua. Signo: peixes. Emoção: fria.
O Sol
O Sol é o nome de um arcano maior do tarot
O arcano maior o sol é encarado como uma dádiva. Sempre que aparece em uma leitura ele mostra realizações no plano material, afetivo e profissional. Além disso, de acordo com o Tarot, esta carta mostra que estamos de bem conosco e com a vida, tornando-nos assim mais felizes e contentes.
O Julgamento
Simbologia
A carta mostra uma ou duas crianças nuas (um menino nu pouco, às vezes, cavalgando um pônei branco ou um menino e uma menina), girassóis, muitas vezes, uma parede, por vezes, um muro[1].
Mensagem
O arcano maior o sol é encarado como uma dádiva. Sempre que aparece em uma leitura ele mostra realizações no plano material, afetivo e profissional. Além disso, de acordo com o Tarot, esta carta mostra que estamos de bem conosco e com a vida, tornando-nos assim mais felizes e contenteso
O JULGAMENTO
O Julgamento é uma carta de Tarot que significa separação entre passado e futuro.
De uma nuvem surge um anjo soprando uma trombeta na qual está preso um estandarte com o desenho da cruz, ele toca do céu para a terra, é o processo de ativação da matéria.
Embaixo, uma figura nua se levanta de uma tumba, de cada lado um homem e uma mulher se levantam de mãos postas. Associa-se a figura alada ao anjo da sétima trombeta do apocalipse, que anuncia a chegada do "tempo dos mortos", para que sejam julgados.
Seguindo a descrição do apocalipse as três figuras que emergem do túmulo simbolizam a trindade humana - homem, mulher e criança - como diz o texto bíblico: "os mortos, grandes e pequenos, serão julgados pelo que estava escrito nos livros".
A idéia central da imagem é punição ou recompensa pelos atos cometidos, prestação de contas por tudo aquilo que foi feito ou se deixou de fazer, seria um renascimento a partir de uma reavaliação de valores e de atividades. Remete ao apocalipse, onde os puros de alma se levantam ao som das trombetas.
Repare que os corpos são bege, mas seus cabelos são azuis, ou seja, suas mentes estão plenas de fé e emoção. O julgamento diz que temos que ir em busca do que há de mais puro em nós mesmos, encontrando o que restou de bom, podemos superar nossos problemas.
Este arcano simboliza força, energia, precipitação de tudo o que está para acontecer. Numa consulta tem valor benéfico e acentua os efeitos das cartas vizinhas.
Anuncia que o passado recente do consulente começa a ser julgado e avaliado para indicar novos caminhos que o beneficiem, caso ele se mostre merecedor.
No plano espiritual, mostra que terá revelação de designos ocultos, tomando conhecimento de segredos que transformarão positivamente sua vida.
Elemento: ar. Planeta: mercúrio. Signo: aquário. Previsão de mais ou menos quarenta dias. Está associada a Hermes, Thot, as olimpíadas
A imagem da ressurreição dos mortos simboliza a passagem de um estágio a outro – geralmente mais positivo. No plano afetivo, acena com a perspectiva de recomeço, perdão e redenção.A carta pode também sinalizar avanços numa relação, como um pedido de casamento. Ou a chegada de um novo e esperado parceiro.
O MUNDO
Este arcano é a síntese de todos os outros, simbolizando a essência da criação universal.
Sua imagem é composta de uma mandala que cerca uma figura humana e quatro cabeças nos cantos, a mandala é uma representação do universo, e seu espaço funciona como ponto de concentração de todas as forças universais.
No centro da mandala um ser andrógino simboliza a integração dos dois sexos em um.
Nos quatro cantos estão quatro figuras que representam os quatro elementos da natureza: a cabeça de um anjo (água), a de uma águia (ar), a de um leão (fogo), a de um touro (terra); símbolos dos quatro elementos vitais e que conferem equilíbrio ao mundo.
De acordo com alguns especialistas, as figuras também representam os quatro cantos da terra, ou as quatro direções de onde sopram o vento, evocando novamente a idéia de totalidade universal.
A verdade final apreendida pelo buscador espiritual. É a realização plena e total. A carta mostra uma figura envolta numa guirlanda que começa azul, passa pelo vermelho e chega ao amarelo; isso quer dizer que, usando nossas emoções e nossas forças físicas, conseguimos alcançar a inteligência e a sabedoria. Representa a síntese de tudo que conhecemos.
Simbologia
O Mundo é representado por uma mulher seminua em pé ou um hermafrodita no centro de uma mandala (guirlanda de flores), com um bastão em sua mão e quatro seres (leão, touro, águia e anjo) representando os quatro signos fixos do zodíaco (aquário, escorpião, touro, leão). Retrata a conclusão, integração, expansão, contentamento, felicidade, harmonia[1].
O mundo representa o término de um ciclo de vida, uma pausa na vida antes do próximo grande ciclo começar com o louco. A figura é as vezes representada como sendo do sexo masculino e feminino, acima e abaixo, suspensos entre o céu e a terra. É a completude.
De acordo com Robert M. Place, em seu livro O Tarot, a simbólica da estrutura quádrupla na carta do mundo físico é usado para definir o centro sagrado do mundo. O mundo é, assim, este centro sagrado, o objetivo dos místicos que procuram atingir a meta. A moça no centro é o seu símbolo. Em algumas cartas mais antigas, esta figura central é Cristo, em outros, é Hermes.
Os quatro números nos cantos do cartão são igualmente referenciados no livro de Apocalipse, 4:7, "E a primeira besta era como um leão, eo segundo besta como um bezerro, e a terceira besta tinha um rosto como um homem , e a quarta besta era como uma águia voando. " Juntamente com a figura central delimitada por uma coroa de flores, que compõem a cinco elementos.
Segundo a tradição astrológica (por exemplo, ver Nicholas DeVore, Encyclopedia of Astrology, p.355), o Leão é Leo, um sinal do elemento fogo, o Touro ou bezerro é Taurus, um sinal da terra, o homem é Aquarius, um sinal do ar; o da Águia é Escorpião, um símbolo da água. De acordo com o Local, Sophia (a mulher dançando no centro) é espírito ou o centro sagrado , Self...
Mensagem
Provavelmente uma das cartas mais positivas do Tarô, o Mundo representa elevação, abertura, desprendimento , suavidade e felicidade. Representa o fim de um ciclo e preparação para um novo começo, é o desfecho da viagem arquetípica iniciada pelo arcano sem número, o Louco
O LOUCO
Com o rosto voltado para frente em direção ao futuro, o louco caminha decidido, mantendo uma expressão tranquila e inocente demais para um homem maduro.
Ele não enfrenta oposição nem tem companhia pois como é representado de costas, revela-se um personagem que rompeu com todas as suas relações anteriores: familiares, sociais e afetivas.
A margem de qualquer ordem o louco pode ser o primeiro ou o último arcano do Tarô. Ele é uma figura extravagante como o mago, mas ao contrário deste, demonstra não ter nenhum senso estético, misturando estilo e cores sem nenhum critério, ele deixa claro o conflito que domina seus sentimentos e passa uma imagem de decadência.
Entre as cores, o amarelo se destaca, aparecendo no estranho gorro (chapéu de bobo), no cinturão, indicando que não lhe faltam abstração e espiritualidade.
Sobre o ombro direito, ele carrega uma vara curta (símbolo do desejo e da força de vontade), e uma sacola levando o essencial ou o potencial para se tornar o mago ou chegar ao mundo.
Talvez por não ter número, significa liberdade, ele olha para o infinito e com isso, mostra que a vida é muito mais do que vemos e a felicidade pode estar além das aparências da vida quotidiana. Isso quer dizer que muitas vezes nos preocupamos com coisas superficiais e não percebemos o que realmente é importante.
O louco é a personificação da sorte, como a sorte, é um componente incontrolável. Quando aparece numa consulta, marca um período afetado pela instabilidade geral, o consulente pode ser influenciado a agir guiado apenas pela intuição, numa compulsão cega a qualquer conselho.
Aconselha-se ao consulente a olhar e avaliar o que possui, para tentar determinar um novo caminho. Planeta: Urano. Signo: aquário. Elemento: ar. Rege todos os talismãs (figa).
Representa Dioniso: o grande terapeuta do Olimpo, psiquiatra – libere o louco dentro de você. É a parte feminina dos homens. Representa também O Poeta, deus do delírio religioso. Representa o Carnaval. Também é chamado de: O Buscador Espiritual.
Representa espíritos das trevas ou sem luz, que não possuem um raciocínio para distinguir o bem do mal.